Leia logo abaixo uma entrevista completa que Taylor Momsen cedeu para a Kerrang do Reino Unido. Ela fala sobre seus pais, sobre os boatos sobre sua vida e mais!
Taylor Momsen: CRIANÇA SOLITÁRIA
Desde que decidiu trocar as telas pelo palco, o comportamento escandaloso de Taylor Momsen fez dela um tablóide, mas será que a menina de 17 anos que é a líder da The Pretty Reckless é tão louca quanto parece?
Diva. Fedelha. Piromaníaca. Poser. Estas são apenas algumas das acusações que foram dirigidas a Taylor Momsen pelos tablóides, desde que ela trocou o programa de TV “Gossip Girl” pouco menos de um ano atrás, para liderar roqueiros de Nova York na banda The Pretty Reckless em tempo integral. Se não é o que ela está usando (ou melhor, não usando) são as coisas ultrajantes que saem de sua boca que fazem colunistas sociais de todo o mundo postarem freneticamente em seus blogs sobre suas “palhaçadas”.
Mas para citar o velho ditado: “Toda a imprensa é boa imprensa” e afirma que Taylor “vestida como uma prostituta”, “carrega uma faca dentro da bolsa”, ou uma vez que “os testículos do seu cão estão pegando fogo no set”, são coisas que não prejudicaram a carreira da sua banda. Muito pelo contrário! Quando o álbum de estréia da banda (Light Me Up) The Pretty Reckless foi lançado em agosto do ano passado, entrou nas paradas britânicas em sexta posição, o primeiro single do álbum “Make Me Wanna Die” fez parte da trilha sonora de um filme de Hollywood chamado “Kick-Ass”, e quando a tour da The Pretty Reckless foi anunciada no Reino Unido, os ingressos foram completamente esgotados. Mas se você ainda está se perguntando se ela é apenas uma menina de olhos esfumaçados, com cabelos loiros de apenas 17 anos, líder de uma banda, como os tablóides nos fazer crer, então pense novamente.
“Eu admito que sou um pouco louca”, diz Taylor com um sorriso. “Mas vamos colocar dessa forma, eu tenho uma cadela chamada Pétala e ela não tem, nem nunca teve bolas!”
Qual é a melhor boato que já ouviu sobre você?
“Houve algumas coisas bastante repetitivas como ‘Seus olhos são negros como a sua alma’ e ‘Ela adora o Diabo’. Uma revista de fofoca mesmo entrevistou uma moça que dizia ter ido para a escola comigo e ela disse: ‘Eu vi a casa dela e ela tem um altar de Satanás em seu armário’ (risos). Um monte de gente tenta fazer como se eu fosse uma psicopata louca, mas eu estou pensando tipo assim: ‘De onde vocês estão tirando essas coisas? Eu nunca conheci essa pessoa que vocês estão dizendo que eu sou.’”
Como você lida em ser o centro das atenções e toda a negatividade que pode vir com isso?
“Bem, eu não possuo um computador e a maioria das coisas que eu vejo é quando as pessoas me falam sobre isso. Eu simplesmente ignoro essas coisas e tento viver minha própria vida. Se você pensar nisso como no colégio ou na faculdade, então você tem o seu círculo de amigos – minha banda [guitarrista Ben Phillips, o baixista Mark Damon e o baterista Jamie Perkins] são meus amigos – em seguida, fora disso vão ter pessoas que não gostam de você, pessoas que falam de você e pessoas que vão dizer: “Uau! Vejam como são grandes os sapatos!” Não importa onde você está. Este é apenas o ensino médio em uma escala maciça e massiva. Então eu ignoro o que as pessoas dizem e me concentro em minha música e isso é o melhor que eu faço.”
Há citações na internet onde você se revolta com seus pais por forçarem você a começar sua carreira no show business sendo muito jovem. Elas estão fora de contexto?
“Sim, [a revista] mudou a questão, quando escreveu. Me perguntaram porque eu comecei a fazer isso, e eu disse: ‘Bem, eu não escolhi fazer isso’, porque eu não escolhi mesmo. Fui colocada nesse meio com dois anos e você não sabe o que está fazendo quando você está naquela idade. Quando assinei para fazer Gossip Girl eu tinha 12 anos e eu não tinha idéia de como isso afetaria a minha vida e iria mudá-la. E quando eu percebi como tudo estava, eu meio que dizia: ‘Eu não gosto disso. Eu vou fazer o que eu quero fazer.’ Eu queria fazer música e tocar em uma banda. Eu estava tentando explicar a diferença entre música e teatro (a revista) e música ao vivo é muito mais importante para mim, mas eles viram como: ‘Você já está fazendo isso desde sempre’ e eu pensava: ‘Sim, mas eu não escolhi isso.’”
Como seus pais se sentiram quando leram o artigo?
“Horríveis! Eu amo o meu pai e a minha mãe. Talvez eu não tenha vivido a infância que as pessoas acham que eu tinha que ter vivido, mas eu passei por todas as fases. Eu vivi a infância. Gosto de como sou agora, então está tudo bem. Acho que meus pais aprenderam com isso que provavelmente nada do que eles leem é verdade, e que palavras podem ser colocadas na minha boca.”
De onde vem a escuridão das suas letras? Isso não é uma reação contra a sua educação?
“Eu não sei. A única coisa que tem que ser dita sobre a minha família é, sim, eu fui colocada nesta indústria extremamente jovem, e eu vi um monte de merda, não era uma infância normal, em termos de ir à escola todos os dias. Eu entrava e saía de escolas o tempo todo. Quando eu fiz O Grinch, estava na primeira série e eu perdi a maior parte do ano. Então voltei no próximo ano para fazer seis meses e depois fui embora outra vez. Eu acho que eu não tive uma infância “normal”, mas era o que era. Eu escrevo sobre o que eu sei de experiências e de coisas que eu aprendi e as coisas que eu vi. Vamos apenas dizer que eu não sou uma pessoa que dá conselhos para erros, eu sou um dos erros.”
Você tem 17 anos. Seus pais têm que sair em turnê com você?
“Não, eu sou uma adulta legítima. O que isso significa! (Risos) Eu terminei o ensino médio dois anos antes, então eu sou responsável por mim mesma sob alguma estranha lei estadual de Nova York.”
Quem foram os seus heróis musicais, quando você estava crescendo?
“The Beatles e um monte de clássicos. Ouvia um monte de discos antigos enquanto crescia. Coisas como Bob Dylan… Eu cresci ouvindo um monte de vinil antigo e depois o meu pai iria gravá-las em fitas cassete para mim, eu tinha uns 10 quando eu comecei meu primeiro CD player.”
Agora que você já deixou a atuação para trás, quais são suas ambições?
“Eu quero fazer grandes discos. Eu quero escrever grandes canções. Eu quero fazer isso para o resto da minha vida. Eu quero fazer discos para o resto da minha vida e quero que um seja melhor que o outro. Quero me tornar melhor no que eu faço. Eu sou muito crítica comigo mesma, estou sempre me dizendo que eu sou uma merda. É a única maneira de ficar melhor e melhor. Sou uma perfeccionista e por isso que Ben e o nosso produtor, Kato, escreveram o disco comigo.”
O que você tem a dizer a Kerrang? Diga algo aos leitores que pensam “ela é uma atriz e está numa banda de rock!”
“Se as pessoas não gostam de mim pelas coisas que leem ou não gostam do modo como eu me visto, então tudo que eu peço é que isso não impeça vocês de ouvir o disco. Pelo menos dê uma chance. E então, sinta-se livre para odiá-lo. Eu odeio um monte de merda, acredite em mim, mas não o odeie antes de ouvi-lo porque isso não é justo. Você nunca sabe, você pode ser surpreendido.”
Créditos: Taylor Momsen Net.
Fonte: Taylor Momsen Brasil.
Quer conhecer mais a Taylor e os The Pretty Reckless? Ouça: Make Me Wanna Die, Miss Nothing e Just Tonight.